Investigação de lavagem de dinheiro revela coleção de animais exóticos ilegais em mansão.
Essa investigação trouxe à tona uma surpreendente apreensão feita pela Polícia Federal de animais exóticos ilegais em mansão nesta semana, no interior de São Paulo.
Além de armas, ouro e grandes quantias de dinheiro, o empresário Arthur Rondini, morador de São José do Rio Preto (SP), mantinha em sua mansão uma coleção de animais exóticos ilegais trazidos da África, muitos deles sem a documentação adequada, de acordo com o Ibama.
Entre os animais apreendidos na propriedade de Rondini estavam antílopes, búfalos, uma girafa e até um hipopótamo. A operação, conduzida pela Polícia Federal, foi desencadeada por uma investigação de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, ligado ao garimpo ilegal de ouro no Mato Grosso e no Pará.
Em cinco anos, foram identificados mais de R$ 3 bilhões movimentados por esse grupo criminoso, com Rondini como o principal articulador desse esquema”, explicou o delegado Gustavo Gomes.
A investigação começou em 2021, quando a Polícia Federal detectou movimentações financeiras suspeitas entre duas empresas que, apesar de movimentarem R$ 180 milhões em um ano, estavam registradas em residências simples.
Na operação, além dos animais exóticos ilegais, foram apreendidos R$ 73 mil em dinheiro, 1,5 kg de ouro e várias armas, incluindo fuzis e pistolas. No total, a Justiça bloqueou bens e valores no valor de até R$ 1,3 bilhão.
O Ibama participou da apreensão dos animais e confirmou a ausência de licença legal para 12 dos 19 animais exóticos encontrados. “Se comprovada a irregularidade, será aberto um inquérito específico para o crime de contrabando desses animais”, declarou o delegado.
A Polícia Federal suspeita que as viagens e a importação ilegal dos animais, como a girafa abatida, faziam parte do esquema de lavagem de dinheiro do empresário.
Em sua defesa, os advogados de Rondini afirmam que ele é inocente da acusação de lavagem de dinheiro e alegam que os animais taxidermizados foram legalmente importados.
No entanto, o Ibama reforça que, sem a documentação correta, os “troféus” serão confiscados e os valores revertidos aos cofres públicos por meio de leilões.
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